No jogo mágico das sensações
no centro do sonho
lá estavas tu
estava eu
nós dois
no centro da dicotomia
sonho/realidade
no centro da inconformável
vontade de te amar.
Apetecia-me amar-te em Madrid!
O que encontra nesta fotografia quem não partilhou o momento?
O que dirá quem olha a luz e não vê o escuro?
Quem poderá adivinhar o som se não ouve a imagem?
O que sente quem olha mas não esteve lá?
Madrid é assim... tem que se estar, respirar, ouvir, sentir. O verbo num todo holistico de emoção.
"Madrid me mata"
Dos olhos me cais
redonda formusura.
Quase fruto ou lua, cais desamparada.
Regressas à água
mais clara do dia,
obscuro alimento de altas açucenas.
Breve arquitectura
da melancolia.
Lágrima, apenas.
Eugénio de Andrade
Ó noite dá-me tréguas!
Deixa o meu corpo repousar
Deixa o meu sonho voar
Deixa-me esquecer ou ir tão fundo
Deixa-me navegar e não voltar.
Ó noite dá-me tréguas!
...
Canseira eterna!
Ou desespero, ou medo.
Fuga doida à posse, à dádiva.
Tanto bater de asas frementes,
tanto grito e pena perdida...
E as tréguas, amor cobarde?
Cada vez mais longe,
mais longe e apetecidas.
Ó amor, amor,
que faremos nós de ti,
e tu de nós?
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Irene Lisboa
language=javascript>postamble();Nunca choraremos bastante quando vemos
O gesto criador ser impedido
Nunca choraremos bastante quando vemos
Que quem ousa lutar é destruído.....
em " Pranto pelo dia de hoje", de Sophia de Mello Breyner Andresen